Sogra planejou assassinato de empresária para evitar divisão de bens no RS, conclui polícia
06/12/2024
Crime ocorreu em 11 de outubro. Marido de Priscila Morgana Alves Diniz chegou a ser considerado suspeito, mas participação foi descartada ao longo da investigação. Empresária Priscila Morgana Alves Diniz, de 34 anos, morta a tiros em Novo Hamburgo
Daiane Viegas/Arquivo pessoal
A sogra da empresária assassinada a tiros em outubro em Novo Hamburgo, Região Metropolitana de Porto Alegre, foi indiciada por feminicídio, segundo a Polícia Civil. Além dela, outras duas pessoas foram responsabilizadas no inquérito, remetido na quinta-feira (5) ao Judiciário.
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O nome da sogra não foi divulgado, mas a RBS TV apurou tratar-se de Terezinha Diniz da Silva. O g1 tenta localizar a defesa de Terezinha.
Priscila Morgana Diniz foi morta enquanto chegava no restaurante de sua propriedade. Segundo a conclusão da investigação, o assassinato teve motivação patrimonial.
A polícia afirma que a sogra tinha interesse de evitar "eventual divisão do patrimônio do casal" em caso de separação. "Tais elementos davam conta de que o casamento de Priscila estaria em vias de terminar", explica a polícia, em nota.
Ainda, outras diligências, como a análise das imagens de câmeras de monitoramento, auxiliaram na descoberta de outros dois suspeitos, sendo o executor de Priscila um sobrinho de sua sogra e o condutor do veículo um funcionário da pizzaria pertencente ao executor.
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Marido é solto
O marido da vítima e filho da indiciada, Jonas Diniz da Silva, que estava em prisão temporária, foi solto após decisão judicial.
De acordo com o Tribunal de Justiça (TJ) do Rio Grande do Sul, a delegada responsável pelo caso, Marcela Ehler, solicitou a revogação da detenção. A justificativa teria sido a colaboração do investigado com as apurações e o fato de que a prisão temporária estava prestes a expirar. Ela confirma que foi descartada a hipótese de participação dele no crime. A Justiça, então, decidiu pela soltura.
"Se a própria autoridade policial, que possui o contato mais próximo com o crime e com eventuais envolvidos, pede a revogação da prisão, pressupõe-se que a liberdade do suspeito não representa prejuízo à investigação ou risco para segurança pública.", afirmou o TJ à reportagem.
Relembre o caso
Priscila foi baleada na nuca enquanto chegava ao seu restaurante para trabalhar no bairro Canudos, em Novo Hamburgo. O caso aconteceu na manhã 12 de outubro, quando dois indivíduos, em uma motocicleta, a abordaram no momento em que ela descia da própria moto.
Segundo a polícia, um dos criminosos sacou uma arma e tentou disparar pelo menos nove vezes contra a vítima, que foi atingida na cabeça. Ela foi socorrida em estado grave e levada ao hospital, onde ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com grave dano cerebral. A mulher não resistiu aos ferimentos.
Após os disparos, os criminosos ainda levaram a moto da vítima. O veículo foi localizado no mesmo bairro do crime.
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